sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Palestra sobre slings dia 11 de agosto!

Você que está por aí desesperado atrás de um sling de qualidade pra carregar seu bebê ou pra dar de presente, fique atento!
É amanhã a nossa palestrinha!
9h30, na Boobambu Academia da Criança no Sudoeste:  CLSW 303 Bl. C Ed. Le Parc subsolo

Os papais não merecem um presente? Quem sabe um sling?

Até lá!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Semana Mundial da Amamentação - Brasília

Comemoramos a partir de hoje (1º de agosto) a Semana Mundial da Amamentação!
Em Brasília, haverá uma concentração de mamíferas no estacionamento do Parque Ana Lídia (no parque da Cidade) neste DOMINGO, dia 5 de agosto, a partir das 9 horas da manhã.


Nós, da BsB Slings apoiamos totalmente a amamentação. Um dos benefícios do uso dos slings está relacionado ao aumento do vínculo que favorece bastante o aleitamento materno. E em termos práticos, o sling é uma ferramenta de apoio para a mãe que quer amamentar!


Então, por meio deste post, sinta-se convocado a comparecer!
Estamos planejando também, após nos reunirmos no parque, dar uma escapadinha estratégica para a Esplanada dos Ministérios para fazer umas fotos lindas de mamães e bebês mamíferos nos pontos turísticos de Brasília, que depois serão reunidas para, junto com fotos de mamíferas de todo o Brasil, compor um vídeo/slide bem lindo para divulgar a amamentação. Procure-me com a Maria, minha filhotinha que estará a bordo de um sling vermelho e vamos nos juntar lá!




Segue aqui um texto muito bom para reflexão acerca do aleitamento materno, do ponto de vista do Dr Moisés (pediatra). Vale a pena ler!

Errando é que se aprende. 
Mesmo?
E acertando não se pode aprender também? 
É realmente necessário errar antes para aprendermos só depois disso?
Se não prestarmos atenção em nossos acertos e não os incorporarmos de forma adequada, corremos o risco de eles virarem erros e só então aprendermos com eles.
E se acreditarmos que precisamos errar para aprender, levaríamos muito mais tempo e correríamos mais riscos na busca do caminho mais adequado.
Que tal pensarmos a respeito de PLANEJAMENTO.

Assim, a campanha da 20ª Semana Mundial de Aleitamento Materno em 2012, comemorada sempre na primeira semana de agosto, nos remete a essa reflexão

Os objetivos da campanha desse ano são relembrar o que ocorreu nos últimos 20 anos a respeito da alimentação infantil, celebrar os sucessos e metas atingidas no contexto regional, nacional e mundial, implementar essa estratégia global, agira para suprir as falhas ainda existentes na política de aleitamento materno e alimentação infantil e chamar a tenção para as políticas e programas de aleitamento materno.

Essa ação requer uma observação e análise sobre o que já foi feito nas semanas anteriores, desde 1992.
1992 – Iniciativa Hospital Amigo Da Criança.
1993 – Mulher, trabalho e amamentação.
1994 – Faça o código funcionar.
1995 – Amamentar fortalece a mulher.
1996 – Amamentação: uma responsabilidade de todos.
1997 – Amamentar é um ato ecológico.
1998 – Amamentar é um barato… o melhor investimento!
1999 – Amamentar é educar para a vida.
2000 – Amamentar é um direito humano.
2001 – Amamentação na era da informação.
2002 – Amamentação: mães saudáveis, bebês saudáveis.
2003 – Amamentação: promovendo a paz em um mundo globalizado.
2004 – Amamentação exclusiva: satisfação, segurança e sorrisos.
2005 – Amamentação e alimentos complementares.
2006 – Amamentação: Garantir este direito é responsabilidade de todos.
2007 – Amamentação na Primeira Hora, Proteção sem demora.
2008 – Amamentação: Participe e Apoie a Mulher!
2009 – Amamentação em todos os momentos: mais carinho, saúde e proteção.
2010 – 10 passos para o sucesso do aleitamento materno.
2011 – Fale comigo! Amamentação – experiência "3D".

Desde a implantação dessa campanha no Brasil observamos uma evolução muito pequena dentro do que se considera como ideal pela Organização Mundial de Saúde que é atingir 95 a 100% das crianças com aleitamento materno exclusivo até 6 meses de vida.

Só para se ter uma ideia, pesquisas mostraram que a média de aleitamento materno exclusivo de 1996 para os dias de hoje passou por uma evolução muito pouco significativa em ternos absolutos, apesar de ser positiva em termos relativos, tendo, por exemplo, quase dobrado nos últimos 2 anos.

1996 – 1,1 mês
1999 – 23,4 dias
2006 – 1,4 meses
2008 – 30,7 dias
2010 – 54,1 dias. 
Apesar de ter quase dobrado nos últimos 14 anos, isso repercutiu em um aumento de 33 para 54 dias de aleitamento materno, muito pouco perto dos 6 meses propostos. E isso, mesmo após a meta ter passado de 4 para 6 meses já há quase 10 anos.


Vantagens do aleitamento materno exclusivo
Apesar da importância do tema, da evolução da ciência favorecendo pesquisas e novas descobertas e de cada dia mais termos a certeza dos benefícios do aleitamento materno, quase que diariamente temos que travar uma luta para que os resultados finais ainda sejam pouco animadores.

Em 1980, quando foi criado o grupo Amigas do Peito pela atriz Bibi Vogel, fiquei indignado e respondi uma matéria escrita em uma revista (não me recordo qual), considerando que os pediatras eram os maiores responsáveis pelo desmame precoce. 

Recebi uma resposta com estatísticas estarrecedoras sobre o assunto e, desde essa época, tenho me proposto a estimular, de todas as formas possíveis, o aleitamento materno, agora exclusivo até o 6º mês de vida e prolongado até 2 anos de idade (ou mais).

Em minha prática diária de consultório observo, entre entristecido e decepcionado, que essa situação não se modificou de forma significativa nesses últimos 30 anos, mesmo com a instituição de políticas favoráveis a uma mudança. 

Ainda temos maternidades de grande peso e de reconhecida capacidade técnica aqui em São Paulo que, além de não estimularem o aleitamento materno, chegam a estimular a prática do aleitamento artificial para mães que desejam amamentar com orientações como oferecer complemento caso o recém-nascido passe duas mamadas sem urinar ou como oferecer apenas um seio por mamada (prática não recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, por exemplo).

Além disso, assim como outros colegas pediatras com quem tenho contato, atendo pacientes que já passaram por outros profissionais não comprometidos com a prática de aleitamento materno exclusivo (AME) até o 6º mês de vida recomendada pela OMS, pela UNICEF, pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e que ao primeiro sinal de dificuldade optam por complementar a mamada com leites artificiais em detrimento de dedicar algum tempo a mais de seu atendimento a orientar formas viáveis de estimular e manter o AME, promovendo a saúde e prevenindo quadros comuns nos dias de hoje como alergias alimentares, obesidade infantil, anemia entre outros.
e o tema é ENTENDENDO O PASSADO - PLANEJANDO O FUTURO, podemos observar que apesar de muito já ter sido feito, ainda estamos na fase de engatinhar no que diz respeito ao aleitamento materno. Está na hora de nos levantarmos e caminharmos com passos firmes na direção da real solução dos problemas e do real interesse em resolver os problemas.

Muitas perguntas precisam ser respondidas para que possamos planejar e nos preparar para definitivamente atingirmos nossas metas.

- Por que ainda não é OBRIGATÓRIA a LICENÇA-MATERNIDADE de 6 meses (180 dias) como foi decretada a lei dos 120 dias? 
- Por que ainda há profissionais que não entendem a importância do ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO até o 6º mês?
- Por que temos apenas 6% dos hospitais que têm leitos de maternidade no país sensibilizados comoHOSPITAIS AMIGOS DA CRIANÇA?
- Por que muitas mães ainda preferem que seus filhos nasçam por partos cirúrgicos e não optam pelo parto via vaginal (parto normal)?
O Brasil é campeão mundial de partos cesariana, com uma taxa de 45% (meta da OMS é de 15%), sendo que 32% dos partos são cesarianas no SUS contra 82% na rede particular. 82%.
- Ainda é verdade que os pais buscam o melhor para seus filhos? Então por que muitas mães ainda não estão conscientizadas da importância do ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO até o 6º mês para a promoção de saúde de seus filhos? 
Para que possamos buscar, de fato, a saúde de nosso país, diminuindo os índices de doenças crônicas não transmissíveis como a alergia alimentar, obesidade infantil que estão assumindo taxas alarmantes no Brasil temos que buscar um esforço coletivo de todos.

Esse objetivo só será conseguido se todos assumirem sua parcela de responsabilidade. Sem a participação do indivíduo, da família, da sociedade, das escolas, dos pediatras, dos hospitais, dos poderes públicos, do governo e da mídia não será possível reverter esse panorama e a tendência é de riscos gravíssimos para a saúde do país, em um futuro muito mais próximo do que imaginamos (final retirado de outro artigo que escrevi a respeito da obesidade infantil que cabe para finalizar esse artigo).


Texto original postado em Dr Moisés Pediatria e Homeopatia